Floresta de Cantanhez corre risco de perder estatuto de importante ecossistema mundial

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A floresta de Cantanhez, a maior floresta sub-húmida da Guiné-Bissau, está a enfrentar um processo de degradação que ameaça sua preservação e o seu status como um dos 200 ecossistemas mais importantes do mundo. Localizada na costa oeste africana, a floresta é um importante reservatório de fauna e flora em vias de extinção, sendo considerada a última mancha verde da região.

A preocupação com o futuro da floresta foi expressa à RDN pelo diretor do Parque Nacional de Cantanhez, Queba Quecuta. O engenheiro florestal destacou a desmatamento, impulsionado pelo cultivo de caju, como um dos principais fatores que contribuem para a degradação do ecossistema.

“Além da desmatação, temos que enfrentar outros desafios, como o aumento demográfico e a crescente presença humana nas zonas mais sensíveis do Parque”, afirmou Queba Quecuta. O diretor também ressaltou a pressão sobre as espécies florestais e a diminuição das áreas de frequência e nidificação de aves e outros animais, fatores que comprometem a biodiversidade da região.

Queba Quecuta apontou ainda os conflitos de interesse entre a população residente e a gestão do parque como um dos maiores obstáculos para a conservação da floresta. “É fundamental encontrar soluções que equilibrem as necessidades da comunidade local com a preservação deste património natural”, declarou.

Criado no início dos anos 2000 a partir das florestas sagradas do povo Nalu, o Parque Nacional da Floresta de Cantanhez é uma área protegida que abriga espécies emblemáticas e únicas, sendo considerado um património da zona sul do país.

Redacção RDN

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