Seminário Parlamentar: CEDEAO PROPÕE INSTITUCIONALIZAR [ECO] MOEDA ÚNICA EM 2027

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Os parlamentares da CEDEAO lançam bases em Bissau para que até 2027 possa ser institucionalizada no seio dos países membros a “Moeda Única denominada ECO. O projecto decorre no âmbito da quinta legislatura do seminário parlamentar sobre a “Moeda Comum da CEDEAO e o Sistema de Pagamento Interbancário como Promotores do Comercio Regional” cujo início teve lugar esta segunda-feira (24-01) e prolonga até quinta-feira.
O chefe de Estado da Guiné-Bissau, na qualidade do Presidente em exercício dos chefes de estado e do Governo da CEDEAO, foi quem presidiu a abertura dos trabalhos, no qual manifestou o seu total e incondicional apoio a iniciativa.                     Umaro Sissoco Embaló reconhece que o sistema Monetário que se pretende criar no espaço CEDEAO”, vai dar um novo e grande impulso à nossa integração regional e vai cimentar mais fortemente os laços de amizade, solidariedade e de cooperação que unem os nossos países e povos. Por isso chamou a atenção de que o processo deve ser conduzido de maneira Serena e abrangente, por se colocar vários desafios. O chefe de Estado foi ainda mais longe nesta advertência afirmando que a tarefa de pôr de pé a “Moeda comum da CEDEAO e o sistema de pagamento interbancário como promotores do Comercio regional”, representa um desafio complexo que interpela a classe política e necessita de uma larga e inclusiva reflexao de todos.
Umaro Sissoco Embalo lembrou que o espaço CEDEAO engloba 15 países e economias diferentes tanto pela sua dimensão Territorial e importância demográfica, como pela capacidade de cada país de produzir e criar riquezas e de se inserir vantajosamente numa economia globalizada. “Ter uma Moeda comum da CEDEAO, é um instrumento catalizador da alavanca para o desenvolvimento”, frisou o chefe de Estado, tendo acrescentado que este facto vai impulsionar as trocas comerciais, maior integração e um forte crescimento económico, capaz de garantir o desenvolvimento sustentável em todos os países membros. Por seu turno, o Presidente de ANP, Cipriano Cassama assegurou que é incontestável criação duma Moeda Única no espaço comunitário como factor fundamental de aproximação no quadro da convergência o que contribuirá para eliminação das barreiras, redução dos custos nas transacções, para além de impulsionar actividades económicas associadas a factores da competitividade. Na sua comunicação, Cassama diz que por tudo isso, é aliciante a sua criação, mas chama a atenção de que ” É preciso mitigar certos aspectos, sobretudo as desvantagens que poderão advir no seio dos países cujas economias são fracas, e citou o caso da Guiné-Bissau”, apontando o possível risco de serem conduzidos ao colapso de pequenas e medias empresas. “O caminho a percorrer nesse processo é complexo”, reconheceu para mais adiante afirmar que é preciso estabelecer metas e prazos da execução para permitir que os cidadãos possam compreender as vantagens que a iniciativa vai-lhes proporcionar em termos de benefícios. Por isso, “é muito importante que haja um amplo consenso no seio dos Estados membros”, avisou, tendo pedido o engajamento de todos os parlamentares na perspectiva de fiscalizarem o processo para que os benefícios possam superar as desvantagens em prol dos povos.                 No encontro para além dos deputados da CEDEAO, estiveram presentes membros do governo, partidos políticos com representação parlamentar, chefias militares, corpo diplomático, instituições académicas, confissões religiosas, entre outros convidados, devendo a sessão do encerramento ser presidida na próxima quinta-feira (26-01), pelo presidente do parlamento da CEDEAO, Sidie Mohamed Tunis.

Redação/ RDN

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