Bissau, 29 de janeiro de 2025 – O Secretário Executivo da Ação para o Desenvolvimento, Jorge Camilo Andem, destacou os desafios enfrentados pelas ONGs nacionais devido à crise financeira, intensificada pela pandemia de COVID-19. Em entrevista exclusiva à RDN, Andem falou sobre a situação atual das organizações e a forma como a falta de transparência e a gestão inadequada dos fundos têm dificultado o apoio de parceiros.
Desde a intensificação da pandemia de COVID-19, a situação econômica global tem afetado diretamente as organizações não governamentais (ONGs) em muitos países.
De acordo com Jorge Camilo Andem, esse impacto é particularmente severo para as ONGs nacionais, que têm encontrado dificuldades para manter seus projetos em andamento devido à crise financeira.
No entanto, Andem lamentou as dificuldades enfrentadas pelas ONGs atualmente, destacando que os desafios têm sido “galopantes” para muitas dessas organizações. Segundo ele, a escassez de recursos tem comprometido a continuidade de ações essenciais, que muitas vezes são voltadas para áreas críticas como educação, saúde e assistência social.
Nesta entrevista, Jorge Camilo Andem apontou igualmente que a falta de transparência e a má gestão de fundos dentro das ONGs são fatores determinantes que têm levado muitos parceiros a se afastarem do apoio financeiro a essas organizações. “A falta de transparência e a gestão inadequada dos recursos financeiros são os principais fatores que fazem com que os parceiros optem por não apoiar mais essas entidades não governamentais”, afirmou Andem.
A situação, segundo o Secretário Executivo, é preocupante, pois compromete a confiança dos parceiros internacionais e a continuidade das iniciativas que, muitas vezes, têm um impacto direto nas comunidades mais vulneráveis.
Apesar dos desafios, Andem ressaltou que a resiliência e a inovação são essenciais para que as ONGs consigam continuar desempenhando um papel significativo em tempos tão difíceis. “Mesmo diante de um cenário desafiador, a resiliência e a capacidade de inovação são fundamentais para que as ONGs possam continuar fazendo a diferença”, afirmou o Secretário Executivo, destacando que essas qualidades podem garantir a continuidade das ações e projetos.
Entre as muitas áreas de atuação das ONGs, Jorge Camilo Andem enfatizou a relevância do trabalho relacionado à conscientização e educação ambiental, destacando que muitas organizações estão promovendo práticas sustentáveis e incentivando a proteção dos recursos naturais como forma de garantir um futuro mais equilibrado e sustentável para as próximas gerações.
“As ONGs têm um papel fundamental na educação ambiental, ajudando a promover práticas sustentáveis e a proteger os recursos naturais. Este é um trabalho essencial para o futuro do nosso planeta”, concluiu Andem.
Redacção RDN