Guiné-Bissau, depois de trocas de tiros, na cidade a situação aparenta ser calma.
Nota-se uma movimentação normal das pessoas nos diferentes bairros, ruas e avenidas de capital, excepto zonas de Luanda e centro de Cidade, onde ouviu mais disparos de tiros.
Mercados, centros comerciais e bombas de combustível estão a funcionar, embora alguns se encontram fechados por questões da segurança.
Contrariamente dos centros de saúde e hospitais que estão a funcionar, as escolas encontram-se encerradas, e ainda há apelo de várias instituições no sentido de as pessoas se manterem em casa a aguardar o evoluir da situação.
Os órgãos da Comunicação Social, a Rádiodifusão Nacional, a emissora pública, com instalações dentro de Quartel da Marinha, não estava a funcionar nas primeiras horas, contudo há outras rádios privadas da capital que estão a emitir normalmente.
Ontem, para recordar, a cidade esteve sob troca de tiros durante horas, num conflito que supostamente envolveu a retirada do Ministro das Finanças, Suleimane Seidi, e Secretário de Estado de Tesouro, António Monteiro, das celas da Polícia Judiciária em Bandim, por supostamente agentes da Guarda Nacional.
Suleimane Seidi e António Monteiro estiveram detidos na PJ sob ordem do Ministério Público, depois de audição que durou cerca de seis horas de tempo, no âmbito da solicitação da operação de pagamento de 6 bilhões de francos CFA devidas do Estado para com 11 empresas privadas do país.
Informações indicam também que a casa do presidente da Assembléia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, também líder do PAIGC e da Coligação PAI TERRA RANKA, foi alvo de disparos de tiros. Contudo o líder da ANP saiu ileso e encontra-se agora num lugar que considera de seguro.
Até agora não há uma comunicação oficial sobre a situação, nem da parte do governo e nem da Presidência da República.
Contudo, o Estado-Maior General das Forcas Armadas através de um comunicado que chega a nossa redação atribui a responsabilidade do acontecimento a um grupo de Brigada da Intervenção Rápida, chefiado pelo seu comandante, o coronel Victor Tchongo.
O Estado Maior esclarece que foi por estas razoes que as forcas republicanas se levantaram para repor a ordem constitucional.
No entanto, o Estado Maior termina o comunicado assinado pelo vice-chefe de Estado Maior General das Forcas Armadas, Mamadu Turé informando à população que a situação voltou à normalidade.
Redaçăo /RDN