A Rádiodifusão Nacional da Guiné-Bissau, foi fundada em 1974, após a libertação total do país. Instala-se no edifício da emissora oficial da Guiné Portuguesa, que emitia desde 1944, e que a partir de 1969, passa a ser o principal meio de propaganda utilizado pela administração colonial portuguesa, de onde António Spinola transmitia as ideias da sua estratégia de luta “Guiné Melhor”. A nova rádio era uma continuação da Rádio Libertação, a Rádio de propaganda do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que transmitia a partir de Conacri desde 1967 e que teve um papel fundamental na transmissão de mensagens dos Líderes do partido aos combatentes da facção armada, as FARP, e aos camponeses que fizeram a luta anti-colonial. Após a libertação total do país, os estúdios e a equipa da RDN, foram transferidos de Conacri para Bissau, tendo mantido até 1994, a Única Rádio e o principal estúdio de gravação do país e o seu arquivo radiofónico engloba os arquivos da Rádio Libertação e da Emissora nacional. Hoje volvidos 49 anos, a RDN debate-se com desafios e perspectivas na transformação e MUDANÇA de Paradigma. É nesta lógica que o Secretário de Estado da Comunicação Social, Francisco Muniro Conté surge como tábua de salvação para tirar a RDN do marasmo em que se encontra mergulhado e sobretudo assiste-se um renovar de esperança em recolocar a Rádio nos patamares cimeiros dentro do espectro dos órgãos da comunicação social guineense. “É possível mudar o PARADIGMA da RDN”, assegurou o governante durante a entrevista concedida ontem sábado, (09-09) tendo deixado uma palavra de reconhecimento aos veteranos cujas contribuições marcaram o projecto histórico da RDN, mas também à transição geracional de que é preciso muita paixão, determinação e acima de tudo o profissionalismo e a vontade de fazer mais.
Com quase meio século de existência, a direção da RDN convidou os veteranos Hipólito José Mendes, Alda Costa, Saozinha Ramos, Carlos Gomes Nhafé, Tcherno Cali Baldé, Júlio Cá, Edwiges Olga Rodrigues, entre outros, para apresentarem os grandes blocos noticiosos das 13,14, 19 e 20 horas nos dias 10 e 11 de setembro. “É gesto de homenagem por aquilo que fizeram para RDN”, refere uma fonte da direcção.
Redação/RDN / António Braima Cisse