GUINÉ-BISSAU: GOVERNO QUER INTRODUZIR CRIOULO NO CURRÍCULO ESCOLAR PARA FACILITAR APRENDIZAGEM

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Governo e parceiros que intervêm no sector educativo, nomeadamente UNESCO, UNICEF, Sindicatos, validaram na terça-feira, (28-03) o estudo de viabilidade para o uso de crioulo e de outras línguas nacionais como meio de Ensino e aprendizagem na Guiné-Bissau. Este encontro surgiu na sequência da missão realizada em Bissau nos meados de outubro de 2022, pela UNESCO/BIE, em que tiveram vários encontros que serviu de troca de idéias e opiniões sobre a utilização de línguas nacionais como meio de aprendizagem. Este  estudo é acompanhado por um roteiro para indicar os principais eixos de intervenção e descrever ações chave a realizar com vista a melhorar a qualidade do ensino na Guiné-Bissau. No evento, peritos da UNESCO/BIE, apresentaram as orientações estratégicas da organização sobre a utilização das línguas nacionais no Ensino e aprendizagem, e os parceiros partilharam experiências bem sucedidas a favor da educação bilíngue em diferentes países africanos.

No acto, o Ministro da Função Pública em substituição da titular da Educação, destacou a importancia das línguas nacionais na perspectiva de assegurar um sistema educativo de qualidade e inclusivo. Cirilo Mama Saliu Djalo referiu que depois que a validação do estudo for considerada de viável, a partir dessa data, serão formados técnicos em diferentes âreas, cujo processo levará algum tempo a tornar-se uma realidade.

“Se conseguirmos introduzir as nossas línguas nacionais dentro do sistema de Ensino, teremos uma melhor qualidade da educação, um sistema mais inclusivo”, alertou o governante. Vários intervenientes apontaram as vantagens comparativas doutros países africanos, que optaram por esta via e que já conhecem uma melhoria substancial em termos de qualidade do sistema de ensino.

Importa referir que a missão da UNESCO visa apoiar os Estados membros nos processos curriculares em particular e contribuir para a transformação do sistema educativo no sentido de uma educação de qualidade e inclusiva.

Redação/RDN

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