Ministro da Saúde: FALTA DE MÉDICOS ESPECIALISTAS CONSTITUI MAIOR HANDICAP À SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

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O Sistema Nacional da Saúde na Guiné-Bissau depara com escassez de Médicos nas diferentes especialidades, para colmatar as demandas das populações.
A preocupação foi manifestada esta sexta feira, (16-12) pelo Ministro da Saúde Pública durante uma entrevista conjunta aos órgaos da comunicação social públicos no ámbito de balanço das realizações feitas no corrente ano e perspectivas para 2023. Para inverter a situação, o titular da Saúde anunciou a deslocação de 177 médicos para a Venezuela afim de receberem a formação de especialização em 19 àreas consideradas nesta fase crucial para o atendimento das necessidades das populações e evitar que todos os casos sejam canalizados apenas para o hospital Simão Mendes. “Quando esse grupo terminar, serão eles a capacitar os outros”, referiu tendo reconhecido a precariedade das infraestruturas de saúde, devido a fraca atenção dada para a melhoria do sistema. Por isso, realçou o engagemento do Presidente da República que perspectiva construção de vários hospitais, destacando a de região de Gabú, que será financiado pelo Governo da Nigéria, hospital de referência no 3 de Agosto com capacidade para 150 camas, entre outros.
O Ministro disse esperar que no próximo OGE possa contemplar verbas para a melhoria e reestruturação dos hospitais e centros de Saúde em todo o país.

“O Governo está consciente desta situação” assegurou, acrescentando que é preciso incrementar parcerias e muitos projectos, sobretudo com o Fundo Mundial.

O Ministro alertou a população para se manter vigilante, e lembrou que o covid 19 ainda não acabou para tal é preciso as pessoas se vacinarem, e abordou também a situação da venda do oxigénio no HNSM, que ao justificar a medida, disse que visa apenas garantir fundos para a manutenção dos equipamentos.

A outra preocupação levantada pelo governante, relaciona-se com a saída do país da equipa de médicos sem fronteira cuja contribuição ajudava na redução e Tratamento de muitas enfermidades.  À nível da mortalidade, Dionisio Cumba disse que com a saída dessa equipa, o país sofreu, devido a  população que tem pouco acesso à cuidados primários da saúde.

“Em cada cem crianças que chegam no HNSM, mais de metade, morre” lamenta o titular da Saúde que aponta, várias razões, sobretudo chegada tardia das mães ao hospital, falta de consulta pré-natal, entre outros motivos. Por isso, “A Guiné-Bissau é um dos piores países com índice elevado da mortalidade infantil” esclarece.

Nesta comunicação, o Ministro esclareceu a situação dos médicos recem-formados que tinham sido suspensos de exercer as suas actividades por decisão do Governo que alega falta de vinculo contratual, e aproveitou para convidar esse grupo no sentido de se dirigirem as delegacias regionais com o fito de assinatura de contrato de prestação de serviço.
O Ministro mostrou-se optimista de que 2023, vai ser ano de concretização de projectos em manga, para o bem da população e do país.

RDN/ Redação

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