O Governo aposta na mecanização agrícola para erradicação da fome na Guiné-Bissau. É nesta perspectiva que o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural assistiu esta terça-feira, (15.11) a cerimônia que marca o fim da colheita de cerca de 10 toneladas de arroz produzidos nas bolanhas de Contuboel, região de Bafatá. A Frente duma delegação composta pelos técnicos daquela instituição, Botche Cande anunciou ainda a intenção da instituição que dirige em produzir a sua própria bolanha e criar armazens de stocagem de arroz para ajudar a minimizar as carências das populações em tempos de crise alimentar. “Queremos fazer o país deixar de importar arroz”, admitiu o titular da Agricultura, tendo pedido aos técnicos e agricultores no sentido de redobrarem esforços com vista a produzir e fazer colheita três vezes em cada ano.
Para fazer a este desafio, Botche Cande promete usar a sua influência junto do seu homologo das Finanças com vista ao desbloqueamento de alguns materiais agrícolas que se encontram retidas junto as fronteiras por forma a facultar aos camponeses a possibilidade de alcançarem esta pretensão. Numa pequena demonstração, o Ministro foi obrigado a desempenhar as funções de maquinista tendo percorrido as bolanhas num autêntico vai-vem de Corte, embalagem de arroz no Saco de 50 kilogramas.
A Guiné-Bissau importa anualmente mais de duzentas mil toneladas por ano, isto de acordo com estudo da FAO realizado entre 2017/2018, e a sua produção local é inferior a cem mil toneladas. E para garantir a auto-suficiencia alimentar, o país precisa de produzir mais de trezentas mil toneladas se tiver em conta o aumento demográfico e fluxo migratório que se verifica nos ultimos anos.
As bolanhas de Contuboel ficam situadas próximas as instalações de DEPA, departamento de produção de arroz e abrangem uma àrea de 37 hectares, com a capacidade de resultar numa colheita de mais de 150 toneladas de arroz.
Redação/ RDN
