A Associaçao nacional dos intermediarios dos negòcios da Guinè-Bissau (ANIN-GB), clama pelos elevados impostos introduzidos pelo Governo na estrutura de custos para o escoamento da castanha de cajù do interior para Bissau.
Estas dificuldades foram apontadas, sexta-feira, 20 de maio de 2022, por Lassana Sambù, presidente da ANIN-GB na cerimònia de abertura de balanço que simboliza o inicio da exportaçao da castanha de cajù na presente campanha de comercializaçao. “Esses custos nao sao realistas” lamenta, acrescentando que estao a negociar com exportadores no sentido de assumirem esses custos, caso contràrio, haverà imensas dificuldades no processo. Revelou ainda que perante estas situaçoes, alguns comerciantes sazonais estao aproveitando para comprar cajù na Guinè-Bissau de forma clandestina sem obdecer tais impostos e as vezes a partir de paìses vizinhos com preços superiores ao estipulado.” Se esta situaçao nao for corrigida a tempo,, haverà fuga deste produto para estrangeiro” alertou o responsàvel. E perante estas denuncias, o Presidente em exercicio da CCIAs, Mamasamba Embalo, diz que o caso jà è do conhecimento do Governo, mas mesmo assim, promete entabular novamente encontros com as autoridades para que se possa dar sem efeito os novos impostos designadamente barreiras nao tarifàrias na estrutura de custos que de certa forma poderao criar estrangulamentos no decorrer do processo de comercializaçao do produto. “Apelo aos comerciantes para começarem a fazer o escoamento dos seus produtos para Bissau, pois jà estamos em maio, daqui a pouco vem as chuvas”,aconselhou, para mais adiante anunciar a existencia de uma comissao de acompanhamento do evoluir do processo da campanha de comercializaçao da castanha de cajù. Importa sublinhar que este ano, a cerimònia de abertura de balanço para a presente campanha de cajù, registou ausencia do Governo cessante, mas contou com as presenças dos intermediàrios, parceiros e intervenientes no processo de transformaçao e comercializaçao, bem como da confederaçai nacional dos actores da fileira de cajù. Tudo isso acontece numa altura em que mais de 350 agentes fiscais foram distribuìdos para todas as regioes com vista a fiscalizarem nao sò o desenrolar do processo e estancar eventuais fuga do produto para paìses vizinhos, mas tambèm contribuir para que o paìs possa atingir ou ultrapassar o nìvel de mais de 31 mil toneladas exportadas no ano passado.
REDAÇÃO: RDN