GOVERNO PROCURA EVITAR INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DA ENERGIA À CIDADE DE BISSAU

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A Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau,  EAGB, enfrenta uma situação financeira difícil e, já leva a empresa ao incumprimento com os fornecedores e trabalhadores.

Até aqui, ou seja, desde 2019, excepto o período de março de 2020 a Julho de 2021,  em que a EAGB esteve nas mãos do governo, a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau foi gerida pelo Consórcio Português, EDP/ADP.

Aliás, durante um ano e três meses da gestão do governo, foram pagos atrasados salariais, segurança social dos trabalhadores e a liquidação total de facturas em atrasos com a empresa turca, KARPOWER.

Volvidos dez meses, desde o retorno da gestão da EAGB ao Consórcio Português, EDP/ADP, a empresa de eletricidade volta acumular dívidas quer com os trabalhadores, quer com a empresa fornecedora da eletricidade, KARPOWER.

Perante esta situação, o governo decidiu nomear Mamadu Baldé para o cargo de Comissário do Governo para a EAGB, cumulativamente com as funções do Director Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública.

De acordo com um despacho datado de 29 de Abril último, o governo incumbe o Senhor Mamadu Baldé para sanear a situação financeira da EAGB, garantir o pagamento regular das facturas a empresa, KARPOWER e dos salários aos trabalhadores.

A par disso, o Comissário indicado pelo Governo vai assegurar a regularização dos atrasados das contribuições e da segurança social, assim como, um  relacionamento favorável entre o Consórcio e Administração nacional.

Em despacho, o governo justifica esta decisão,  como uma resposta as preocupações levantadas  pelo Fundo Monetário Internacional, FMI, que considera a situação actual da EAGB como um risco fiscal  elevado para o estado guineense. Facto que, pode condicionar o restabelecimento de um programa financeiro alargado com o fundo, que deve ocorrer daqui a dois meses.

Também, o governo guineense, quer assim evitar que a empresa turca,  KARPOWER abandone a Guiné-Bissau, o que pode provocar consequências imprevisíveis. Pois, segundo o executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam,  a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau não está em condições de  produzir actualmente a energia para a cidade de Bissau.

REDAÇÃO/ RDN

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